quarta-feira, 26 de março de 2008

O Surf na mídia

Aloha!!!

Como todos sabemos o surf surgiu no Havaí. Lá pelos idos de 1780 o navegador britânico que foi pioneiro na exploração do Pacífico, James Cook, observava com curiosidade o estranho rito social dos nativos Havaianos que deslizavam nas ondas em suas rústicas pranchas de madeira. Mas foi só nos anos 50 do século passado que o surf ganhou popularidade ao começar a ser praticado na Califórnia. De lá pra cá o surf tornou-se um dos esportes que mais exercem fascínio entre as pessoas. Mesmo quem nunca chegou perto de uma prancha adora vestir-se e comportar-se como surfista. Uns até tem sua pranchinha, que é levada para enfrentar as marolinhas de verão por alguns minutinhos, até retornarem com seus donos para a areia, compondo o cenário do “surfista-poser”. Mas isto é assunto para outro post...

O fato é que a mídia sempre tirou proveito da imagem de liberdade e aventura associada ao surf para promover seus produtos, filmes e seriados. Sem falar na indústria do surf que movimenta por ano, só no Brasil, cerca de 3 bilhões de realitos por ano. Lógico que o surfista de alma não ta nem aí pra isto tudo. O mar não ganha nada com isto, o surfista de alma também não, mas tem algumas coisas legais e muita porcaria também. Talvez o pior seja o estereótipo caricato do surfista, na maioria das vezes representado como um vagal que não está nem aí pra nada. Mas não deixa de ser engraçado e curioso o interesse da mídia pelo surf. Todo mundo quer faturar em cima e eis que o surf hoje vende e promove de tudo, de cigarro a sabão em pó...

Nos links alguns exemplos. No primeiro, trecho de um episódio do seriado “Batman” numa insólita incursão do Morcegão pelo mundo do surf, nos idos dos anos 60. É tão tosco que chega a ser hilário, como o lance do cinto-de-utilidades equipado com repelente de tutubas (quero um!)... Em contraponto o outro vídeo é um clássico. Trata-se de um comercial que com belíssimas imagens ajuda a Guinnes a vender mais cerveja. Rodado no Havaí em 1999, explora com genialidade o conceito de esperar pelas boas coisas, ("Good Things Come To Those Who Wait") idéia muito bem aplicada diante da sempre paciente espera do surfista pela onda perfeita. O monólogo, é inspirado em várias obras literárias (James Joyce - "The Portrat of the Artist as a Young Man", Dylan Thomas - "Under Milk Wood" e Herman Melville - "Moby Dick"), coisa fina. Segundo a revista especializada Campaign, trata-se do "mais belo anúncio de todos os tempos".

“ He waits. That's what he does. And I'll tell you what: tick followed tock followed tick followed tock followed tick..."

Ae, Mahalo!

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