sexta-feira, 17 de abril de 2009

Acervo Digital - Revista Veja

Depois que descobri que todas as edições da Veja estão digitalizadas e disponíveis para consulta pública na net, virou meio que um passatempo ficar revirando as edições antigas. Fico pesquisando para saber qual a primeira vez que eles falaram em Barack Obama , Apple ou Google, por exemplo. Ou quando se deu cria à terríveis palavrinhas e expressões como “Derivativos”, “Bolha Imobiliária” entre tantas outras que postergaram meus sonhos de ser escovado nas morras gigantes do Hawai este ano...

Numa destas incursões no acervo digital de Veja, eu pesquisei a palavra Surf (lógico!) . Estava realmente curioso para ver quando, em seus 40 anos de história, a Veja falou pela primeira vez em “Surf “. O resultado é isto aí:

Tá certo que há 40 anos atrás as praias brazucas não eram nenhuma Califórnia, e que a galera não tinha muito idéia do que era surf, mas o que que é isso? No mínimo eles inventaram uma forma primitiva de Wake-Board. O anúncio também é um primor. A galera aqui da agência rachou o bico! Facú de publicidade é para os fracos!

Percebi também, que antigamente , ninguém surfava e sim “fazia surf”. Em Portugal ainda é assim que as pessoas referem-se ao ato de surfar. A primeira matéria que tinha o surf como tema relevante, só saiu em 1986, falando que Santa Catarina é o canal pra quem quer surfar (Yeah!). Naquela época, o Picuruta Salazar ainda era chamado de Alexandre Salazar Junior! Mas antes disso teve propaganda da Guaraná Antártica , desta vez com um cara surfando de verdade, teve a Brasília já sendo vendida como “ideal para carregar as pranchas de surf”, o Millôr preocupado com o fato de que as pranchas sobre o carro alteram seu centro de gravidade, e um montão de informações inúteis (e o que não é inútil quando se está longe do mar?) . Você sabia que o esporte preferido do rei Hussein era o surf? Pois é...

Deu também uma certa vontade de ter vivido os anos 70, lendo uma matéria sobre um festival de rock e surf em Saquarema em 73. Totalmente roots e improvisado. Lógico, tinha gente interessada em faturar uns trocos, mas não tinha nada a ver com as mega-produções caga-praia dos grandes campeonatos de hoje.

Aê, boas ondas a todos! Mahalo

Quero um desses!

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