terça-feira, 7 de julho de 2009

A História das Coisas e as Embalagens

Na semana passada, por ofício do meu trampo, visitei a Fispal 2009, no Anhembi em Sumpa. Trata-se de uma feira que reúne fabricantes de embalagens e processos para a industria alimentícia. Qualquer um que esteja minimamente preocupado com estado de calamidade ambiental em que vivemos sai de lá assombrado. Sob a teto do Anhembi estavam centenas de expositores (Chinezada rules!), com um único objetivo: Faturar . Não havia a menor preocupação com meio ambiente , sustentabilidade e outros conceitos hostis a seus bolsos.

Se vocês pensam que os fabricantes de embalagens são sensíveis aos anseios de consumidores conscientes que procuram por embalagens biodegradáveis ou com destino ecologicamente correto, esqueçam! Políticas ecológicas não eram oferecidas sequer como uma estratégia para apresentar um diferencial competitivo. Confesso que mantinha a esperança de ver por lá tecnologias como embalagens de amido , polímeros de álcool, fibras vegetais ou técnicas de rastreamento e reciclagem de embalagens, mas tudo o que eu vi foram novas formas de persistir em velhos erros.

A total ausência de conceitos de sustentabilidade na Fispal é fato decorrente dos hábitos do consumidor. A grande maioria não se importa , por exemplo , com o fato de que embalagens do tipo Tetra Pack não são recicláveis. E os “consumidores conscientes” são tão poucos que não há economia de escala para atende-los. Por isso precisamos mudar nossos hábitos. Tudo é planejado na industria com base nos nossos hábitos de consumo. Consumir menos, consumir com responsabilidade pode redefinir o destino do nosso planeta.

No link, um vídeo bastante esclarecedor produzido por Annie Leonard, uma ambientalista que investigou a fundo o custo social e ambiental do sistema de produção e consumo. Vale a pena ver e compartilhar:

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