Foram longas e investigativas conversas com cientistas "malucos" que aplicam a teoria do caos e mecânica quântica para entender a dinâmica das ondas. Em sua convivência com surfistas habituados a encarar um outside perdido nas brumas em busca de ondas de 30 pés, Suzan descobriu, como a fluidez das paredes liquidas criaram um esporte que é quase uma religião. Em visita ao Lloyd's London, a companhia que segura quase a totalidade da frota mercante mundial, Suzan descifrou estatísticas e compilou fatos
para compor um relato que traz um pouco mais compreensão sobres estas gigantescas manifestações da natureza que parecem ter vida própria. E o “parecem ter vida própria” não é exagero, conforme fica bem claro em um dos mais intrigantes capítulos do livro, onde Suzan conta o que viu e ouviu em um congresso de oceanólogos, matemáticos e físicos dispostos a traçar uma teoria geral sobre o movimento das cracas gigantes pelos oceanos.
Das mudanças climáticas, que fazem com que monstros de 30 metros sejam uma realidade frequente e assustadora a cortar os oceanos, até fenômenos naturais , como a “onda” de 600 metros (yeah ,meus Brothers, 600 metros!) que varreu a baia de Lituya no Alaska, nada escapa de uma análise profunda em busca do entendimento desta que é a mais colossal das forças da natureza.
E em meio a esta intensa narrativa, Suzan, uma jornalista realmente apaixonada pelo mar ( e me parece, por Laird Hamilton, também...), tenta também trazer aos leitores uma explicação sobre um mistério tão inexorável quanto a fluída dinâmica dos oceanos: o fascínio dos surfistas pelo mar e sua busca por ondas gigantes, o que torna o livro indispensável pra todas as tribos que fazem do mar sua segunda casa. Convivendo durante meses com o maior big Ryder da história, o soul surfer Laird Hamilton, Suzan mostrou que acordar as 5 da manhã para ir surfar num dia chuvoso de inverno, como eu e meus Brothers fazemos frequentemente, nem é tanta loucura assim...
Navio sendo esmurrado por ondas na costa da Africa do Sul. " É necessária uma força de trinta toneladas
por metro quadrado para danificar um navio. Uma onda de trinta metros
quebrando concentra cem toneladas por metro quadrado e consegue partir um navio pela metade"
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