terça-feira, 21 de junho de 2011

Friaca!

E aqui estamos nós, frente à mais um solstício de inverno no hemisfério sul. Na verdade o “começo” do inverno trata-se , em termos astronômicos de mera convenção. O inverno “começa” justamente no dia em que ele inicia seu fim. Parece confuso, mas é simples. No dia de hoje, nosso maltratado casulo, o planetinha Terra, atinge a inclinação máxima do seu eixo em relação ao sol. Daí não passa. Não seremos privados dos raios da nossa estrela amarela mais do que neste dia 21 de junho. A partir de hoje, esta eterna gangorra cósmica que trata de nos fornecer as 4 estações do ano irá iniciar o caminho de volta. Nossa pelotinha azul tratará de ajustar seu ângulo de inclinação em relação ao Sol, trazendo o equilíbrio, a equidade do equinócio de primavera no dia 21 de setembro. E na sequência lentamente tudo se inverte e teremos novamente o sol com testemunha dos alegres e inesquecíveis dias de verão, no nosso solstício austral de verão. Depois o verão acaba de novo, e bem, deixa isso pra lá...

Já dizia no tópico anterior que a vida acontece no inverno, mas vivemos mesmo é no verão! E para nós surfistas além da água gelada, podemos contar também com uma diminuição no ritmo das ondas com a chegada do inverno. Ondas são resultado de alguma inquietação , de distúrbios climáticos, de agitação, de tempestades. Temos isto tudo de sobra no outono, na primavera, e alguma coisa no verão, decrescendo nesta ordem. No inverno, o mar parece dar um tempo. Rolam ondas sim e com as loucas mudanças climáticas que afetam o planeta, é improvável tecer um cenário confiável para este inverno. Mas o pouco de lógica que podemos extrair deste balé desordenado, ensina que é não é do inverno que podemos esperar uma seqûencia de bons dias para o surf.

Com a superfície do mar aquecida durante todo o verão, a chegada do outono com suas primeiras frentes frias causam os colossais agitos oceânicos traduzidos em ciclones extratropicais e violentas tempestades. Ondas a rolê! Na primavera, ocorre justamente o contrário, grandes massas de ar frio quebrando o pau com massas de ar quente, e algumas ondas sobrando disso tudo. No verão, as tempestades tropicais tratam de manter o atlântico em festa. No inverno... Bem, acordamos cedo e tratamos de seguir nosso ritual. Uma questão de sentir-se vivo, resistir à razão, fugir de nossa jaula de concreto para visitar um velho amigo: O mar. Mais ou menos o que fazemos aqui:

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